S
A estrutura do planeta Terra é formada por três camadas principais, que são a crosta, o manto e o núcleo. Conforme veremos em detalhes na sequência, cada uma dessas camadas apresenta características particulares, como composição química, espessura, densidade, viscosidade e temperatura. As suas propriedades distintas fazem com que o comportamento de cada uma das camadas da Terra também seja distinto. A análise das ondas sísmicas, fundamental para a compreensão da estrutura terrestre, permitiu ainda a identificação de descontinuidades no interior do planeta, que nada mais são do que áreas de transição entre uma camada e outra. A ilustração ACIMA representa as camadas da Terra: crosta, manto e núcleo (externo e interno).
→ Crosta terrestre
A crosta terrestre é a camada mais superficial e de
menor espessura do planeta Terra, e pode ser chamada também de litosfera. Esse
nome foi atribuído graças à estrutura essencialmente rochosa da crosta,
constituída por rochas em seu estado sólido. Trata-se da camada sobre a qual se
desenvolvem os recursos naturais, a vida animal e vegetal e as atividades
humanas. Apesar de demonstrar certa estabilidade se comparada às demais
camadas, a litosfera apresenta elevado dinamismo e sofre alterações provocadas
tanto pelos agentes exógenos (externos) quanto pelos agentes endógenos, que são
as forças internas do planeta Terra, resultantes dos movimentos característicos
das camadas inferiores, em particular do manto. O estudo das camadas da Terra,
comumente empregado na Geografia, na Biologia e na Geologia, é realizado por
meio de sondagens subterrâneas. Porém, como é sabido, a grande espessura das
camadas, assim como as dificuldades técnicas de exploração impossibilitam um
maior conhecimento dessas estruturas, em especial do manto e do núcleo. Desse
modo, os cientistas procuram alternativas viáveis para uma melhor compreensão
das camadas terrestres, como o estudo das ondas sísmicas internas do planeta,
que permitem, a partir das suas medições e análises, traçar hipóteses sobre a
formação, a espessura e a composição de cada uma dessas camadas. Segue abaixo
as principais características de cada uma das camadas da Terra.A crosta pode
ser dividida entre partes continentais e oceânicas, e a sua estrutura é toda
fragmentada, formando as chamadas placas tectônicas. Essas placas flutuam sobre
o manto, mais precisamente na astenosfera, camada de transição entre a crosta e
o manto superior. A partir da movimentação dessas placas na astenosfera,
ocorrem diversos fenômenos geológicos, como os terremotos. A separação entre a
crosta terrestre e o manto é dada pela Descontinuidade de Mohorovicic.
→ Núcleo
O núcleo é a camada mais interna do planeta Terra. Ele é basicamente formado por ferro e níquel, sendo dividido em núcleo externo e interno. A parte externa do núcleo possui temperaturas próximas a 3.000 ºC e possui uma composição líquida, em razão das altas temperaturas registradas no interior da Terra. Já o núcleo interno, apesar de registrar temperaturas de até 6.000ºC, é sólido, devido à alta pressão no ponto mais interno da Terra. Essa é a camada menos conhecida do planeta, já que, em razão das suas características naturais e de limitações técnicas, é a mais difícil de ser estudada. O núcleo é apontado por muitos cientistas como o ponto de origem do magnetismo terrestre, uma vez que a sua movimentação gera uma corrente elétrica, resultando na formação de um campo magnético. O núcleo terrestre é uma camada terrestre formada basicamente por ferro e níquel. Ela é dividida em uma porção líquida, chamada de núcleo externo, e outra sólida, conhecida como núcleo interno. A temperatura e a pressão influenciam diretamente no estado das rochas e minerais encontrados no núcleo. Ele está envolvido em dinâmicas como o magnetismo terrestre e a pastosidade do manto.
Formação do núcleo terrestre
O núcleo terrestre foi formado há bilhões de anos por meio da consolidação de um conjunto de minerais e rochas em formato sólido. A partir da sua formação, outros processos terrestres foram surgindo, até o momento atual, no qual a esfera terrestre encontra-se dividida em três grandes camadas. A composição do núcleo terrestre é basicamente de ferro e níquel. Em razão das suas características distintas de temperatura e pressão, esses materiais encontram-se em estados diferentes no núcleo, contribuindo para a formação das dinâmicas dessa camada terrestre.
Características do núcleo terrestre
O manto é a camada mais interna, profunda e a menos conhecida entre as três porções terrestres. A dificuldade de exploração dessa camada, que envolve aspectos físicos e tecnológicos, complexificam uma melhor caracterização das suas formações. Os estudos mais recentes indicam que o núcleo é caracterizado pela presença de duas partes, uma mais externa formada por uma porção líquida e outra mais interna composta por uma formação sólida. O núcleo é caracterizado pelas altas temperaturas que ocorrem no seu interior, assim como pela elevada pressão presente especialmente na sua porção mais interna.
Camadas do núcleo terrestre
O núcleo terrestre é composto por duas camadas que possuem características distintas em relação aos seus materiais. As camadas no núcleo são:
Núcleo interno: o núcleo interno é a porção sólida dessa camada terrestre. A solidez dessa parte do núcleo é fruto da elevada pressão encontrada nessa região, que contribui para a solidificação das rochas.
Núcleo externo: o núcleo externo é a porção mais líquida dessa camada terrestre. Ele apresenta elevada fluidez do seu material de origem, em razão das altas temperaturas registradas nessa camada, que provocam alteração das rochas para o estado líquido
Dinâmica do núcleo terrestre
A dinâmica do núcleo terrestre envolve especialmente questões como a temperatura, visto que o calor que é emanado nessa porção do planeta contribui decisivamente para o estado das rochas, assim como para a formação do magma encontrado na camada do manto. Assim, o núcleo tem um papel decisivo na formação e no estado das rochas que formam as camadas terrestres.
Importância do núcleo terrestre
O núcleo terrestre, conforme estudos recentes, possui uma movimentação intensa, apontada como superior ao do movimento de rotação do planeta. Assim, a hipótese levantada seria de que o núcleo é o responsável pelo magnetismo terrestre. Portanto, essa porção do planeta se comportaria como um verdadeiro imã, gerando uma corrente elétrica específica. Essa característica resulta em um cenário de interferência em diversos processos humanos e naturais, que implicam na importância do maior estudo dessa camada para o entendimento do seu complexo funcionamento.